
segunda-feira, 30 de março de 2009
Indecifrável

Como encontrar a liberdade se o amor me traz em correntes? Como ser livre se a vida me mantém encarcerada ao que deixo de sentir a cada instante? Como procurar um caminho se apenas encontro esquinas no meu viver? Cada momento, cada troca, cada dia, cada noite, cada vida e cada morte trazem o gosto do fel, da tristeza que nunca finda, da saudade que não sei o nome. Sou refém do meu passado, me aprisiono no presente, me cancelo aos olhos do mundo. Espio em cada curva, em cada esquina para encontrar uma saída, um rumo. No amanhecer busco a luz da paz. No anoitecer busco a turbulência do silêncio. Na vida, tento encontrar o fim do sofrimento. E em cada morte da esperança tento me encontrar na reencarnação da esperança. Acabo com minha liberdade no instante no instante que teu amor me cega e amaldiçoa. Findo em correntes de paixão e delírio quando esqueço de mim e deixo que você me libertar.
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